CCLA lembra 50 anos do Cine-Clube Universitário de Campinas

Evento no CCLA marcou lembrança dos 50 anos do Cine-Clube Universitário de Campinas (Fotos Adriano Rosa, especial para o CCLA)

Muita emoção na lembrança dos 50 anos do Cine-Clube Universitário de Campinas (CCUC). Um evento para marcar a data foi realizado no auditório do Centro de Ciências, Letras e Artes (CCLA), no dia 19 de março, com a presença de alguns dos fundadores do CCUC, que contribuiu para formar uma geração de admiradores críticos do cinema de alta qualidade.

Luiz Carlos Ribeiro Borges, um dos co-criadores e primeiro presidente do CCUC
Luiz Carlos Ribeiro Borges, um dos co-criadores e primeiro presidente do CCUC

O encontro foi aberto pelo presidente do CCLA, Marino Ziggiatti, que na década de 1950 havia criado e dirigido o Departamento de Cinema da organização. Em seguida, falou Luiz Carlos Ribeiro Borges, um dos co-criadores e primeiro presidente do Cine-Clube Universitário de Campinas, que narrou a experiência que qualificou como “vivenciar uma utopia”.

Exposição que complementou lembrança dos 50 anos do CCUC, incluindo acervo dos jornais produzidos pelo Cine-Clube
Exposição que complementou lembrança dos 50 anos do CCUC, incluindo acervo dos jornais produzidos pelo Cine-Clube

Em seguida, a pesquisadora Natasha Hernandez Almeida resumiu a sua dissertação de mestrado, defendida na Universidade Federal de São Carlos, exatamente sobre “O Cineclube Universitário de Campinas (1965-1973)”. A programação foi complementada com a exibição dos três filmes de curta metragem produzidos pelo CCUC e com homenagens aos idealizadores da instituição, como o próprio Luiz Carlos Ribeiro Borges, Dayz Fonseca e Rolf de Luna Fonseca.

A pesquisadora Natasha Hernandez Almeida falou sobre sua tese de mestrado
A pesquisadora Natasha Hernandez Almeida falou sobre sua tese de mestrado

No auditório, várias pessoas que contribuíram para o CCUC em seu momento histórico e, também, para o cinema de modo geral em Campinas. Caso do professor José Alexandre dos Santos Ribeiro, que deu aulas durante muitos anos na PUC-Campinas, universidade onde o Cine-Clube Universitário floresceu e atuou, entre 1965 e 1973.

Na plateia, nomes como José Alexandre dos Santos Ribeiro, Henrique de Oliveira Júnior e Duílio Battistoni Filho
Na plateia, nomes como José Alexandre dos Santos Ribeiro, Henrique de Oliveira Júnior e Duílio Battistoni Filho

Outra presença importante na plateia era a de Henrique de Oliveira Junior, responsável pela filmagem e parte técnica dos três filmes produzidos no âmbito do CCUC: “Um Pedreiro”, de 1966, dirigido por Dayz Peixoto Fonseca, e que recebeu o prêmio de Melhor Filme Brasileiro no Festival Experimental Latino-Americano, em São Paulo; “O Artista”, de Luiz Carlos Ribeiro Borges, de 1967; e “Dez jingles para Oswald de Andrade”, de Rolf de Luna Fonseca, com roteiro de Décio Pignatari, de 1972, um ano antes do encerramento das atividades do CCUC, que havia cumprido com brilho a sua missão.